sexta-feira, 31 de agosto de 2007


Divisões da máfia

A máfia em si não é uma organização concreta. Não existe nenhum cabeça da máfia. Ao contrário, a palavra máfia é um termo abrangente que designa um dentre vários grupos de gângsteres com origens que remontam à Itália ou Sicília.

Em linhas gerais, existem cinco grupos mafiosos que se distinguem basicamente pelas regiões em que operam ou nas quais tiveram sua origem. Todos os cinco grupos têm ligações com atividades criminosas espalhadas por todo o globo e colaboradores em diversos países. A máfia siciliana originou-se na ilha da Sicília, a Camorra teve início em Nápoles e a máfia calabresa surgiu na região italiana da Calábria. A Sacra Corona Unita é um grupo mais recente, baseado na região italiana da Puglia. Finalmente, a Cosa Nostra é a máfia norte-americana, embora este grupo deva suas origens às famílias sicilianas e a alguns dos outros grupos de procedência italiana.

Não existe uma regra clara quando se trata de dar nome às famílias da máfia. As primeiras famílias herdavam o nome da região ou cidade da Itália onde surgiam. Às vezes, a família era batizada com o nome do chefão, especialmente se este fosse poderoso ou se estivesse há muito tempo na posição. Os nomes das cinco principais famílias de Nova Iorque foram divulgados através do depoimento do informante Joe Valachi diante de uma subcomissão do Senado em 1962 e 1963. As famílias recebiam o nome do chefão que estivesse no poder, embora em um determinado caso o nome de um chefão mais antigo e poderoso era utilizado. Estas cinco famílias chamavam-se Bonanno, Genovese, Gambino, Luchese e Profaci. Alguns anos depois, a família Profaci foi assumida por Joseph Colombo, que de tão famoso acabou dando nome à família que agora se chama Colombo. O mesmo quase aconteceu quando a família Gambino passou para o controle de John Gotti. Mas, antes que ela recebesse seu nome, Gotti foi preso e condenado por formação de quadrilha e homicídio, em grande parte graças à colaboração do traidor da máfia, Sammy "The Bull" Gravano, com a Justiça.

Hierarquia da Cosa Nostra

A hierarquia descrita a seguir se refere especificamente à Cosa Nostra. Outros grupos possuem hierarquias semelhantes que, no entanto, podem se distinguir em alguns aspectos.

Cada grupo é formado por várias gangues, as chamadas famílias. O número delas pode variar de um pouco menos de 10 até mais de 100 famílias. Às vezes, o surgimento de uma nova família requer a aprovação dos cabeças das demais famílias, ao passo que, em outros casos, um grupo pode surgir da ramificação de outra família e consolidar o seu poder, sendo reconhecido como uma nova família com o passar do tempo. Embora cada família tenha seus próprios negócios, não é raro existir um alto grau de confusão entre eles dependendo da proximidade das famílias e da semelhança entre os empreendimentos.

O líder de cada família é conhecido como chefão ou dom. As decisões mais importantes são tomadas por ele e o dinheiro apurado pela família acaba fluindo em sua direção. A autoridade do chefão é indispensável para resolver diferenças e manter todo mundo na linha.

Abaixo do subchefe aparecem vários capos. O número de capos varia geralmente de acordo com o tamanho da família. O capo age como um gerente, controlando sua própria célula da família. Sua função é cuidar da operação de atividades específicas. O território do capo tanto pode ser definido geograficamente ("tudo que fica a oeste da 14th Street pertence ao Louie 'The Key' DiBartolo") como pelo tipo de negócio ilícito em questão ("Alfonze 'Big Al' Maggioli é quem manda na loteria clandestina"). A chave para se tornar um capo de sucesso é fazer dinheiro. Parte da receita desses negócios ilícitos fica com o capo, o que sobra é repassado para o subchefe e o chefão.

O "trabalho sujo" fica por conta dos soldados. O soldado ocupa o posto mais baixo entre os homens feitos. Eles fazem parte da família mas têm pouca autoridade e ganham relativamente pouco dinheiro. O número de soldados sob as ordens de um determinado capo é imensamente variável.

Além dos soldados, a máfia também se vale dos associados. Estes não são verdadeiros membros da máfia, porém cooperam com soldados e capos em diversos empreendimentos criminosos. Um associado é simplesmente uma pessoa que trabalha com a máfia, podendo ser arrombadores, traficantes, advogados, banqueiros de investimentos, policiais e até mesmo políticos.

Há ainda outra posição na família que tem algo de folclórica - trata-se do consigliere. O consigliere não é considerado parte da hierarquia da família: sua função é atuar como conselheiro e tomar decisões imparciais com base na justiça e não em sentimentos pessoais ou vendetas familiares. Via de regra, o posto deve ser preenchido pelo voto dos membros da família, não por indicação do chefão. Na prática, porém, os consiglieres às vezes são indicados e nem sempre são imparciais.


Cosa Nostra

é o nome pelo qual é conhecida a Máfia Siciliana. Nos Estados Unidos, Cosa Nostra é como os membros da máfia italo-americana se referem às suas organizações ou negócios criminosos. Tambem é como é conhecida máfia na região da Sicilia-Itália, pois naquele país ela é conhecida por outros nomes. Os mafiosos passam a também desenvolver outras atividades ilícitas como contrabandos de cigarros e extorsão à comerciantes e residentes de determinadores setores das cidades em que a máfia se encontra presente para obtenção de dinheiro mediante o uso da violência. Neste sentido, as extensas e lucrativas atividades mafiosas começam a chamar a atenção das autoridades de justiça e também da opinião pública. Os integrantes da máfia começam a ser perseguidos. E é neste momento que se da início a construção de uma relação de cooperação entre mafiosos e autoridades públicas (políticos, juízes, policiais, etc.) com o objetivo da preservação da ilegalidade.

Juízes passam a fazer julgamentos parciais. Policiais mostram-se ineficientes. Políticos solicitam aos juízes e aos policiais que não processem ou prendam determinada pessoa. Mafiosos começam a colaborar com campanhas políticas. Cria-se, portanto, o que o Salvatore Lupo não definiu, a Máfia-Estado, onde os mafiosos consolidam a sua interferência, ou até a captura dos agentes públicos, os quais passam a representar no interior do Estado os interesses mafiosos.

É comum na atuação mafiosa a guerra entre grupos. A máfia possui um código de honra próprio, o qual se for rompido por algum dos seus integrantes a pena é a morte. A morte de um mafioso pode motivar guerras entre grupos, os crimes por encomenda. A pena capital da máfia não é apenas provocada pelo rompimento dos códigos de honra, mas também por disputa de espaço em atividades comerciais.

A máfia consolida a sua atuação na Itália na década de 70. Neste período, a máfia desenvolve as suas atividades como uma grande empresa. Hierarquias são constituídas. Famílias dominam territórios. O tráfico de drogas é agora uma nova atividade mafiosa. Alta soma de dinheiro é acumulado. Lavagem de dinheiro é feita. Consolida-se o intercâmbio mafioso entre Sicília e América. Surge a Cosa Nostra, isto é: a associação mafiosa entre Estados Unidos e Itália.

A Sicília, tal como ocorreu no Brasil com os caudilhos do Sul do país e os coronéis da região Nordeste brasileira, sempre foi governada por uma oligarquia que contratava pistoleiros, os carabinieri, para tomarem conta de suas terras e ao mesmo tempo promoverem a "segurança" dos donos das terras vizinhas a do capo(nome dado ao chefe mafioso). Essa "segurança" era cobrada pelos mafiosos às pessoas que viviam na área de atuação da Cosa Nostra. Esse sistema de extorsão existe tanto na Itália quanto nos Estados Unidos da América. Vale salientar ainda que o capo tinha um sistema de apadrinhamento. Aqueles que eram mais ligados ao chefe da máfia em determinado local, chamavam-no de padrinho.

A máfia não possui escrúpulos para conseguir o que quer e, na maior parte das vezes, quando não consegue obter lucro através da perspicácia e intimidação, eles utilizam meios violentos, chegando a matar pessoas ligadas àquela que a máfia está querendo que faça algum favor a ela para intimidá-la a fazê-lo. Caso essa, mesmo assim, não concordasse com os anseios dos mafiosos, ela era prontamente executada.

Hoje em dia, com o sistema de proteção às testemunhas desenvolvido pelo governo italiano, a máfia diminuiu muito suas operações naquele país, pois muitos mafiosos, ou pessoas que tinham alguma ligação com esses, recebem do governo da Itália, altíssima proteção caso delatem seus companheiros à justiça italiana.

Um caso típico desse tipo de proteção foi o dado ao mafioso Tomaso Buscetta, que teve toda sua vida modificada para que a máfia não pudesse executá-lo e, em contrapartida, Tomaso entregou toda a organização criminosa a qual fazia parte. O sistema italiano de proteção às testemunhas é tão eficiente que Tomaso faleceu de causas naturais e a máfia nunca o encontrou.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007



Origens das Máfias

A Máfia surgiu no sul da Itália na época medieval. Seus membros eram lavradores arrendatários de terras pertencentes a poderosos senhores feudais. Mas eles pretendiam dividir essas terras e, para isso, começaram a depredar o gado e as plantações. Quem quisesse evitar esse vandalismo deveria fazer um acordo com a máfia. Da Itália, a indústria da "proteção forçada" se espalhou para o mundo inteiro, em especial para os Estados Unidos.

Sobre a origem do nome, tem-se especulado muito; a versão mais corrente é de que a actual designação teria surgido durante a ocupação do reino de Napóles pela casa de Bourbon, aparentada com a casa real francesa: ter-se-ia feito ouvir o grito «Morte ala Francia, Italia anela!» (ou seja, «Morte à França, Itália avante!»). Da junção das primeiras letras de cada palavra num acrónimo teria resultado a palavra Máfia.

Na Itália existem diversas máfias, sendo mais conhecida a "Casa Nostra" (em português "nosso assunto" ou "nossa coisa"), de origem siciliana. A Camorra, napoliatana, e a N'drangheta, da Calábria, são outras conhecidas associações mafiosas.


A Máfia hoje em dia

A máfia, talvez por causa de lendas criadas ao longo da história, incentivou várias outras ao redor do mundo. Como bom exemplo, temos as máfias Japonesas, Alemãs, e recentemente foi descoberta as máfias Brasileiras. Mas a grande diferença desta, para as outras é que elas trabalham de forma conjunta, com apoios e reuniões. Até agora não se sabe muito sobre os objetivos das mesmas. Nomes: Don Vincenzo, Lord Walker e Kaiser Hepp. Portanto, se você souber de qualquer outra informação pertinente ao assunto, entrar em contato com possíveis autoridades especiais, e adicionar o seu conhecimento a Wikipédia, sem violar os termos de abuso.


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Don Vito Corleone

Em 1901, seu pai, Antonio Andolini, foi morto por um chefe da máfia na Sicília conhecido como Don Francesco Ciccio, por ter se recusado a pagar um tributo, tendo isso sido considerado um insulto pelo Don. O irmão mais novo de Vito, Paolo, jurou vingança e desapareceu nas montanhas. Vito foi o único homem que acompanhou sua mãe no funeral de seu pai. Entretanto, durante o funeral, Paolo, que apareceu para assistir, foi assassinado. Algum tempo depois, os homens de Ciccio foram até a residência dos Andolini para matar Vito. Desperada, Signora Andolini, mãe de Vito, foi se encontrar com o Don.

Quando chegou para ver Don Ciccio, ela implorou pela vida de seu filho, dizendo que ele não procuraria vingança, mas seu pedido foi negado, pelo fato de que Ciccio acreditava que quando adulto Vito procuraria se vingar. Em pânico com a resposta de Ciccio, Signora Andolini agarra-o por traz e o ameaça, colocando uma faca em sua garganta, dizendo para Vito fugir. Ciccio consegue se desvencilhar e um de seus homens, dispara com uma lupara contra a mulher, matando-a imediatamente. Vito consegue fugir dos homens de Ciccio, e durante aquela noite esconde-se com a ajuda de amigos da família, sendo mandado posteriormente para os Estados Unidos em um navio com outros imigrantes. Não falando inglês, ele é renomeado como Vito Corleone, quando o agente da imigração lê a identificação em sua roupa que diz: "Vito Andolini, de Corleone" (no romance ele escolhe o sobrenome Corleone).

Corleone foi adotado posteriormente pela familia Abbandando em New York, e se tornou o melhor amigo de Genco Abbandando, amigo este que futuramente se tornaria seu consigliere. Anos depois, Corleone casou-se e estabeleceu uma familia. Vito começou a trabalhar no armazém de Abbandando, mas perdeu seu emprego, devido ao fato de Abbandando ter sido forçado a dar um emprego ao sobrinho de Don Fanucci.

Depois disso, Corleone conheceu Peter Clemenza, que pediu a Vito para guardar uma trouxa com o conteúdo desconhecido. Nesse pacote havia armas, mas Vito o guardou mesmo assim, vindo Clemenza pegá-lo dias depois. Em recompensa Clemenza oferece a Vito um tapete para sua casa, dizendo que iria pegá-lo na casa de um amigo. Chegando na casa, o referido “amigo” de Clemenza não estava, fazendo-o entrar e pegar o tapete. Na verdade, ele estava cometendo um roubo e quase foi pego quando um policial apareceu, mas nada aconteceu.

Corleone começou a viver e prosperar graças a esses pequenos crimes e fazendo favores em troca de lealdade. Ele cometeu seu primeiro assassinato matando Don Fanucci, o padrone da vizinhança. Havia rumores que Fanucci era membro da “Mão Negra”, em 1919.

Tempos depois o jovem Vito começa um negócio de importação de azeite com seu amigo Genco Abbandando. Por anos ele usou esse negocio como fachada para o sindicato do crime organizado, fazendo fortuna com as operações ilegais. Durante uma viagem a Sicília com sua familia em 1925, ele vingou seus pais e imão, assassinando Don Ciccio e seus comparsas.

No começo da década de 30 Vito Corleone estabeleceu a “Familia Corleone” com a ajuda de Peter Clemenza, Salvatore Tessio e Abbandando. Foi nessa época que Genco Abbandando tornou-se o conselheiro da familia.

Em 1945 Corleone foi seriamente ferido em um atentado. Isso se deu devido a Vito ter recusado a proposta de Virgil Sollozzo, o "Turco", de investir no ramo de narcóticos e usar os contatos políticos para não terem problemas a respeito desse novo negócio. Isso desencadeou uma série de eventos como o assassinato de seu primogênito Sonny e a eventual introdução de Michael à Familia.

Vito morreu devido a um ataque do coração em 25 de junho de 1955, enquanto brincava com seu neto Anthony Corleone. Após isso, seu filho Michael assumiu o controle da Família.